sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Como configurar uma rede Wi-Fi na sua casa

Existem basicamente dois jeitos de configurar seu roteador sem fios. O primeiro é o mais simples: esses aparelhos geralmente vêm acompanhados de um CD de instalação. Conecte o roteador ao seu computador usando um cabo de rede, insira o CD, e siga as instruções. Super simples. O problema é que já tem gente com computadores que não têm leitor de CD. Ou, pode ser o caso de uma reconfiguração, em que você já não sabe onde foi parar o CD... Se for esse o caso, basta seguir o passo a passo.


ConexãoDa mesma maneira, conecte o roteador ao micro, usando o cabo de rede. Em seguida, abra um navegador de internet. Qualquer um vale. Digite na barra o endereço do roteador – quase sempre será um número parecido com esse 192.168.1.1. Dependendo da marca, o número pode ser esse ou uma variação dele. Se você não souber esse número – e não tiver mais a embalagem do roteador – o jeito vai ser procurar na internet para saber qual o endereço inicial da marca do seu roteador.

Descoberto o número, digite-o na barra de endereços do seu browser. A tela de administração do roteador deve aparecer, pedindo login e senha. Geralmente, o padrão de fábrica é Admin para o login, e também admin para a senha. Pronto, você entrou na página de configuração do roteador. Agora, é super fácil.

Configuração
Esse ambiente de configuração varia de marca para marca, mas todos são bem similares. Aqui, procure pela área Redes Sem Fio – ou Wireless – se a página estiver em inglês.

Nesse campo escolha o nome da sua rede sem fio. Em seguida, procure área de segurança. Você pode escolher entre diferentes tipos de segurança: WEP, WPA e WPA2, por exemplo. Dê preferência ao WPA2 – ele é o mais seguro. Feito isso, escolha uma senha para acesso à sua rede. Essa será a senha que você vai ter de digitar no seu micro para se conectar à rede sem fio. Pronto. Você acaba de configurar seu roteador. Existem muitas outras variáveis – mas é melhor ficar com o padrão de fábrica na maior parte dos casos.

Conexão à internetNós acabamos de criar a rede sem fio para sua casa. Agora, só é preciso conectar seu roteador à internet. E isso é super fácil. Use um cabo de rede para conectar o modem da sua operadora ao seu roteador. Pode usar qualquer porta do roteador para isso. No ambiente de administração do roteador, procure pelos tipos de conexão. Geralmente, esses itens estão logo na primeira página do ambiente de administração. Na maior parte das conexões domésticas, você terá de escolher esse item aqui: conexão PPOE. Na opção de forma de conexão, escolhar sempre ligado ou Always ON. Em seguida nesse campo aqui coloque o nome do seu provedor de internet.

No campo abaixo, coloque a senha que você registrou junto ao provedor de internet. Pronto. Seu roteador está conectado à web, e você já tem uma rede sem fios em casa. Um último detalhe nesse campo aqui, deixe selecionada a sigla DHCP – assim seu roteador vai atribuir endereços automaticamente aos computadores que se conectarem a ele. Caso contrário, você terá que fazer isso manualmente.

Agora que você viu como configurar um roteador sem fios, pode visitar e deixar seus comentários. Tem alguma dica adicional para configurar roteadores? Ou algum macete bacana para resolver problemas de conexão? Acesse e compartilhe na seção de comentários e também no nosso fórum.

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Vinil X CD: qual som é melhor?

Daqui a pouco a gente volta a essa história, e você vai entender como ela está no centro de uma quase eterna discussão em torno de tecnologia e de música.
Até os anos 90, a diferença entre o digital e o analógico era grande. Hoje, os formatos digitais evoluíram bastante. Há diferenças, é claro. Mas, ficou mais fácil compreender os pontos fortes e fracos de cada lado da discussão.
"É uma diferença subjetiva e que esbarra no gosto pessoal. Tem quem goste do timbre do vinil, dos harmônicos, da textura sonora daquela mídia. Porém, pelo olhar técnico, as frequência digitais que você tem hoje transcendem a do vinil",  diz o produtor musical João Marcello Bôscoli.
"Tem quem gosta de carro com motor v8 carubrado e faz barulho. E tem quem gosta de carro turbo, com injeção eletrônica e silencioso", explica Luiz Eduardo Sampaio, professor de produção musical da Universidade Anhembi Morumbi.
Números falam por si só. Segundo a Federação Internacional da Indústria Fonográfica, em 2012 os discos lançados em vinil renderam um total de 117 milhões de dólares; o melhor resultado do formato nos últimos 15 anos. Este mês, a Nielsen SoundScan – sistema de informação que faz o levantamento de vendas dos mercados fonográficos dos Estados Unidos e do Canadá – anunciou que, só na primeira metade deste ano, a venda dos discos em vinil nesses países cresceu 33,5%.
No Reino Unido, o crescimento das vendas de vinis no primeiro trimestre de 2013 foi ainda maior: 78%. O Brasil segue a mesma tendência. Por aqui, de acordo com o site de comércio eletrônico Mercado Livre, a venda das bolachas subiu 6% nos últimos 12 meses e já responde por 27% do volume no setor de música do portal.
Muitos artistas ainda preferem gravar em formato analógico; em fitas magnéticas. E os melhores estúdios oferecem a possibilidade de gravar de forma analógica e ao mesmo tempo digitalizar esta gravação. Mas hoje isso é para poucos.

" Hoje mais de 99% das gravações do mundo são feitas digitalmente. A fita virou um luxo que poucas pessoas têm acesso", explica Bôscoli.
 Outra maneira de se obter o glamour do timbre analógico é através da própria tecnologia; por mais estranho que isso possa soar. Hoje, aplicativos e softwares específicos conseguem incluir os efeitos da gravação analógica mesmo quando esta foi totalmente feita em arquivos digitais.
Bom, o vinil e outros formatos analógicos atingiram seu ápice já há algum tempo. É difícil melhorar o que já está muito bom e agrada tanta gente; quer dizer, se melhorar estraga. Já o áudio digital evoluiu muito nos últimos anos e continua surpreendendo músicos, produtores e até os mais conservadores.
Para se ter uma ideia, o CD tem uma resolução de áudio de 16 bit com uma frequência de 44,1 kilohertz. Atualmente, o melhor arquivo de som digital alcança 32 bit com frequência de 192 kilohertz – bem superior ao CD. Bom, mas o que isso significa?! A audição humana é capaz de captar sons na faixa de 20 hertz até 20 kilohertz. Fora desses limites, não conseguimos ouvir sons, mas podemos senti-los. Ou seja, a qualidade e resolução dos melhores sons digitais são tão boas que vão além da nossa capacidade auditiva... o que serve para “sentirmos” agudos clássicos ou graves super potentes fazendo o coração bater mais forte.
Segundo nossos entrevistados, o formato que você escolhe para baixar ou comprar suas músicas digitais não é tão importante.
" São todos iguais e muda apenas o tipo de arquivo para determinado sistema operacional", diz Sampaio.
A diferença está na taxa de compressão desses arquivos. Entenda: quanto maior a compressão de um arquivo, maior a perda em relação à gravação original e – consequentemente – menor o tamanho deste arquivo. Agora, quanto menos comprimido for o som original, melhor a qualidade, mas também, maior o tamanho.

"Eles eliminam partes do arquivo original, comprimem e guardam apenas determinada mostra deste som que, quando é reproduzido, o software tente apenas reproduzir pedaços que não foram gravados. Guarda um pedacinho pra depois tentar reproduzir o todo", explica Sampaio.

"Se é uma música que você gosta, procure sempre ouvir o formato com a melhor resolução dentro da mídia que escolher", conta Bôscoli.

O assunto é polêmico. E está no centro do documentário sobre o qual falamos no começo dessa matéria. Em “Sound City”, Dave Grohl defende com unhas e dentes a música captada de forma analógica e crua, sem qualquer auxílio de computadores. Na visão dele, o elemento humano é indispensável para manter o espírito do rock e da música em geral vivo. No filme, tecnologias como o CD e sintetizadores são quase vistas como “inimigos” da música.
Mas, tem muita gente do outro lado do muro também. Grandes nomes da música mundial defendem a tecnologia como ferramenta inevitável. Will.i.am, líder do Black Eyed Peas, é só um dos exemplos. E você, também é fã de um bom som? O que acha dessa história? Participe você também dessa eterna discussão e deixe sua opinião nos comentários. Você vai de analógico ou de digital? 

sábado, 16 de agosto de 2014

Confira o que há de mais novo na tecnologia da medicina esportiva


Em busca de uma qualidade de vida cada vez melhor e muitas vezes movidos pelo instinto competitivo, mais e mais pessoas se dedicam a esportes de alto rendimento e até competições. São os atletas amadores, uma categoria que cresce todos os dias a passos largos em todo o mundo. Nosso repórter se encaixa neste grupo e foi conhecer o que a tecnologia traz de interessante e surpreendente para avaliações e tratamentos no país.

O primeiro teste foi dentro de uma cápsula que analisa a composição corporal do atleta. Desenvolvida nos Estados Unidos, há poucas unidades disponíveis no Brasil, mesmo porque custa algo em torno de 400 mil reais por aqui. O sistema é capaz de identificar a porcentagem de gordura e massa magra por determinação de volume e peso. Detalhe: antes de dar início à avaliação, o Cesar – nosso repórter – teve seu peso aferido em uma balança de alta precisão.

"Quando o sujeito senta aqui para ser analisado, ele provoca um deslocamento de ar neste compartimento hermético. E o aparelho tem sensores que consegue detectar o volume de ar deslocado e, portanto, a densidade do corpo", explica a pesquisadora da USP e nutricionista Patrícia Campos.
Usando esses dados, o software do equipamento calcula instantaneamente a densidade corporal. Esta informação é processada e através de algoritmos matemáticos fornecer o percentual de gordura do indivíduo.

Da guerra ao dia a dia: conheça as funções dos drones


Sua avó provavelmente se assustaria com a imagem de um objeto voador não identificado e barulhento! São os drones, que começam a chamar a atenção nos céus também por aqui. O nome “drone” vem do inglês: zangão, rei das abelhas... forte, voador e... claro, barulhento.

A princípio eles foram desenvolvidos como um equipamento bélico; os Estados Unidos usam os drones como arma militar. Mas, mais recentemente, os drones conquistaram os civis e agora muita gente usa como brinquedo e, principalmente, para fazer imagens aéreas.

"O drone foi feito para a espionagem. A filmagem aérea que gerou este tipo de equipamento é uma variação do que ele foi criado para fazer", explica Marino, proprietário da Oficina do Hobby.

Já existe uma infinidade de modelos disponíveis para quem quiser – e puder – comprar. Os preços variam de 500 a 30 MIL reais. O incrível é que todos usam praticamente a mesma tecnologia: GPS, acelerômetro, giroscópio e um processador que interpreta e essas informações e controla os motores.

"A placa é simplesmente um processador. Então para ter um desempenho legal da aeronave, você precisa ter uma placa com um processmento rápido e um programa legal que sente o que acontece com a aeronave para corrigir", explica Marino.

O drone tem um giroscópio e acelerômetro, igual em qualquer smartphone. Com isso, o computador sabe o tempo inteiro a posição do drone, explica Luis Neto, CEO da GoCam. É possível identificar se ele está na horizontal, vertical, inclinado e quantos graus de inclinação. A máquina interpreta os dados e manda o sinal para o motor, que fala para um lado acelerar mais do que o outro para ir para um lado ou para o outro.

Diversas empresas apostaram no potencial dos drones para oferecer o serviço de filmagens aéreas. As imagens são incríveis...

"Ele é feito para ir a lugar onde você não conseguiria chegar normalmente", explica Marino.

"O drone possibilita você fazer imagens mais próximas do solo do que um helicóptero convencional, imagens simulando uma grua infinita. Você consegue mesclar imagens de grua com as de helicóptero para dar um resultado bem", explica Neto.
A maioria dos modelos é muito fácil de ser controlada.

"Ele praticamente voa sozinho. Você liga o GPS e ele para em uma posição. Se você tirar a mão do controle, ele fica na mesma posição", conta André Visconti, CEO da DroneStore.
Dos mais simples aos mais modernos, todos são bastante seguros e inteligentes. O processador que controla o voo é programado para realizar diversas funções automaticamente como, por exemplo, caso o aparelho perca contato com o controle remoto.

"Se perder a comunicação entre o controle e o helicóptero, ele liga o GPS Hold, vai ficar parado onde está. Vai subir a 20 metros de altura e voltar em linha reta para o ponto de decolagem e pousar devagar. Se o vento levar ele para um lado, o computador pensa e leva ele de volta para a coordenada", conta Luis Neto.

Mas o cérebro dos drones também pode ser programado para ações mais complexas e interessantes. Marino dá o exemplo de que é possível colocar um chip em uma pessoa e o drone seguirá aquele chip apontando a câmera para aquele ponto.
Além do controle remoto, alguns drones possuem câmeras. As imagens podem ser vistas em uma tela ou em óculos e, aí, a sensação é ainda mais legal... No monitor ou nos óculos, o usuário tem informações como altitude, distância e até inclinação do drone em voo.

Além do uso militar, as filmagens com os drones são usadas para detecção de pragas nas lavouras, na perseguição de fugitivos, controle de fronteiras e até no monitoramento de usinas nucleares. Mas, é claro, tem quem use por pura diversão.

Aplicação é o que não falta no uso dos drones. Na Inglaterra, uma famosa marca de pizzas apresentou um vídeo em quem um drone – ainda em fase de testes – entrega uma pizza a mais de seis quilômetros de distância. Há quem duvide da façanha devido a interferências e controle de voo quando o drone já fugiu do campo de visão do usuário. Porém os mais otimistas acreditam que muito em breve vamos estar cercado de drones por todos os lados; levando e trazendo encomendas... será?!

logo abaixo desta matéria, você encontra o link para ver o teste do voo da pizza; aproveite e deixe sua opinião nos comentários. Será que em um futuro próximo esses objetos voadores agora identificados vão mesmo fazer parte do nosso dia a dia?!

SSD x HD: saiba como deixar o computador mais rápido.

"A probabilidade de falha é uma das principais vantagens. Muitas pessoas perdem informações caso o HD caia no chão, esta probabilidade de perder dados é muito grande. Já com o SSD, sem nada mecânico, isso não existe, porque as informações são armazenas em microchips", diz Gerardo Rocha, dir. executivo da Kingston Technology.
"Quando você avalia o desempenho do computador pelo processador e pela memória, temos evoluído. A frequência da velocidade atende a necessidade do processador. O HD se mantém igual. Quando você olha todos os componetentes do computador, aquele que não tem evoluído quanto à velocidade é o HD. É o mais devagar. e, portanto, se torna um gargalo no desempenho", completa Gerardo Rocha, dir. executivo da Kingston Technology.

domingo, 3 de agosto de 2014

Qual é a hora certa de apresentar as crianças à tecnologia?


O Gabriel é fanático por joguinhos e também bastante ágil; sabe usar a senha para destravar o aparelho, trocar de aplicativos e até tirar fotos! A Laura vai além dos jogos; ela já tem perfil no Facebook e usa o tablet que ganhou no final do ano passado também para ouvir música, ver filmes e até para se comunicar.

Mas será que existe uma hora certa para esse primeiro contato? O Gabriel e a Laura aprenderam a brincar no smartphone antes mesmo de falar ou andar. A psicóloga Andréa Jotta explica que esse “timing” depende muito do estilo da família; quanto mais conectados forem os pais, mais cedo os filhos terão contato com a tecnologia. Mas outro fator também facilitou bastante a entrada dos pequenos no mundo “hi-tech”.

"De uns dois anos para cá, temos visto a entrada das crianças na tecnologia graças à tela de toque. Se antigamente eles precisavam ter entre 7 e 8 anos para poder digitar e chegar onde elas querem. Com a tela touch é só tocar. Por isso, tem crianças muito pequenas usando touchscreen", afirma a psicóloga Andréa Jotta, do NPPI (Núcleo de Pesquisa da Psicologia em Informática) da PUC-SP.
A relação entre crianças e tecnologia divide opiniões, mas segundo a psicóloga, não tem porque proibir. As mães do Gabriel e da Laura concordam, mas também entendem que é preciso haver certo controle sobre esse uso; mais do que isso, o ideal é sempre expor a criança a diversos tipos de estímulos, diversificar suas atividades e incluir o uso da tecnologia apenas como uma pequena fração dos seus dias. A Laura tem tanta coisa pra fazer que nem pensa em ficar muito tempo jogando ou conectada.

"O que a gente vê como prejudicial é o uso frequente. No nosso núcleo de pesquisas, não chegamos a mapear um uso excessivo que aconteceu porque usou uma vez ou outra", explica a psicóloga.

Além do tempo de exposição, é preciso controlar também o que essas crianças fazem no mundo digital. Seguro, nós sabemos que não é...e, mais do que isso, a maior parte dos aplicativos disponíveis é voltado para adultos.

"Vale a pena acompanhar o uso pelo menos até os 16 anos. O problema não é dá, é largar. A partir do momento que você dá este presente para a criança, é a entrada deste jovem na virtualidade. Tem que ser acompanhado e educado, como se faz na vida presencial", conta a psicóloga Andréa Jotta.

O futuro dessa geração que já nasceu conectada é tema recorrente de discussões não só entre mães e pais, mas entre psicólogos e educadores. A maioria acredita que, se controlado, o uso da tecnologia contribui bastante para o desenvolvimento do raciocínio da criança. Mas o fenômeno é novo e ainda não existe pesquisa suficiente sobre essa relação; principalmente aqui no Brasil.

Doze anos atrás, o país viveu um “boom” da internet com a popularização da banda larga. Ou seja, já existe uma geração que foi exposta à tecnologia de alguma forma desde muito pequenos. O Núcleo de Pesquisas da Psicologia em Informática da PUC de São Paulo avaliou duas vertentes desses jovens; primeiro os que conseguiram introduzir a tecnologia naturalmente em suas rotinas sem abrir mão das outras atividades.

 "Alguns pais conseguiram incluir a tecnologia na rotina das crianças, que hoje são pré-adolescentes. Elas precisam fazer a lição, comer, dormir, conviver com a família e usar a tecnologia. Nas famílias que conseguiram neste uso adequado, sem abuso e sem prejudicar a vida cotidiana, as crianças se acostumaram com a tecnologia com naturalidade, mais até que os adultos", conta a psicóloga.

Já os que usaram em excesso; sem controle, explica a psicóloga, apresentaram alguns problemas difíceis de reverter, como a falta de interesse por esportes ou qualquer outra atividade física, desinteresse pela escola e até isolamento – o que pode ser considerado grave no desenvolvimento de uma criança.

O assunto é delicado, mas ao que tudo indica, se a tecnologia simplesmente fizer parte da vida da criança e não dominá-la, é algo que só traz benefícios. O detalhe importante é que não cabe aos pequenos decidir o que é bom ou ruim, mas aos pais, que precisam entender que o mundo mudou e que a tecnologia é cada vez mais presente nas nossas vidas. E você, o que acha dessa história? Apoia ou condena o uso da tecnologia por crianças? Será que existe uma idade certa? Participe dessa saudável discussão e deixe seus comentários no http://tecnologiapassoapasso.blogspot.com.br

Lembra como é a vida longe da internet?

No dia primeiro de maio deste ano, o jornalista norte-americano Paul Miller ressuscitou; e essa história não tem nada a ver com milagres. Na verdade, ele nasceu de novo digitalmente. No ano passado, Paul encarou o desafio de simplesmente se desconectar – passou um ano offline, sem qualquer acesso à internet.
Durante os 365 dias longe da web, Paul continuou trabalhando, escrevendo principalmente sobre sua experiência no mundinho desconectado. Em alguns momentos, relatou euforia, afinal, sentia-se livre, sem sequer o “chato” do smartphone para incomodar com atualizações o tempo todo; ele conseguia administrar melhor seu tempo e chegou até a melhorar seu desempenho na leitura.
Por outro lado, Paul perdeu contato com muita gente e deixou de ser relevante para as pessoas. Descobriu que sem internet é mais difícil encontrar pessoas. Chegou a ficar deprimido e quase sem vida social. No final das contas, sua principal conclusão foi de que não é o meio – neste caso a internet – que está errado, mas sim a nossa relação com ela; a forma que a usamos.
Sem qualquer inspiração no americano, o brasileiro Guilherme Valadares – também jornalista – abdicou não da internet como um todo, mas da maior rede social online: o Facebook. Apesar de trabalhar com web, ele descobriu que a rede social não era essencial para sua vida e, pior: ele estava ficando viciado na plataforma. Para completar, havia sensação de que a maior parte de toda aquela informação era totalmente desnecessária.
"Essa percepçãpo de muita web e de muita perda de tempo me fizeram cansar, e e aí resolvi 'matar 'o Facebook", diz Guilherme Valadares, diretor de conteúdo do Papo de Homem.
Gulherme não vê o Facebook como algo maléfico ou ruim, mas assim como Paul Miller, acredita que o maior problema está na forma como nós usamos a rede social.
Difícil negar e quem conhece sabe. Qualquer um fica meio atordoado com a avalanche de informações novas cada vez que a acessa o Facebook. A possibilidade de bisbilhotar a vida alheia sem que ninguém saiba também é bastante atraente para muita gente. E isso tudo é viciante. Pesquisas recentes dão conta que um em cada três usuários do Facebook mantém uma relação de vício com a plataforma.
"Quando todo mundo está viciado, ninguém percebe. É como se estivéssemos em uma casa, com todo mundo louco, e ninguém percebe", compara.
Outra coincidência com Miller é que Guilherme também perdeu contato com muita gente, mas ele acredita que essas pessoas que “sumiram” não faziam grande diferença em sua vida. O outro lado da moeda é que, desconectando da rede social, ele intensificou o contato com os amigos mais próximos e não só virtualmente.
Prestes a completar um ano que assassinou seu perfil no Facebook, Guilherme se diz totalmente aberto a voltar para a rede social algum dia. "Só não gostaria que me sugasse em vez de me catapultar", afirma.
Sem querer ser chato ou xiita, Guilherme não incentiva ninguém a sair do Facebook ou qualquer outro serviço online; muito menos da internet. No entanto, diz que a maioria das pessoas que conhece sente que gasta mais tempo do que gostaria com redes sociais. E se tivesse que dar um empurrãozinho...
"Se algém me procurasse, diria: desliga logo e vê como é. Não é tão dolorido. Quando se tem um corte muito abrupto, realça muito o que se busca, que é ter um outro olhar sobre sua presença social", diz.
O próprio Facebook tem uma ferramenta para que você não precise pensar muito caso queira arriscar. Quando você desativa seu perfil na rede social pela primeira vez, ele não é apagado. Existe um mecanismo que mantém todas suas informações e configurações intactas por até duas semanas; é o tempo que eles te dão caso você decida mudar de ideia.
E você, o que acha das decisões de Miller e Guilherme? Concorda que perdemos muito tempo em redes sociais? Será que errada mesmo é a maneira que utilizamos a internet e também as redes sociais? Participe, deixe suas opiniões nos comentários... e caso tome alguma decisão mais drástica, conte pra gente... Ah, em inglês, disponibilizamos também o link com a história do Paul Miller; acesse e confira.